terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Recordar velhos tempos com os grandes Trabalhadores do Comércio

Negra Sombra



Cando penso que te fuches
negra sombra que me asombras
ó pé dos meus cabezales
tornas facéndome mofa
Cando maxino que es ida
no mesmo sol te me amostras
i eres a estrela que brila
i eres o vento que zoa
Si cantan, es ti que cantas
si choran, es ti que choras
i es o marmurio do río
i es a noite i es a aurora
En todo estás e ti es todo
pra min i en min mesma moras
nin me dexarás ti nunca
sombra que sempre me asombras.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Arquivo: Edição de 18-02-2004

SECÇÃO: Cultura

Música | Carlos Nuñez no Rivoli
Soberbo

Um Rivoli a abarrotar (não teria sido preferível o Coliseu?), assistiu a uma actuação admirável do supersónico tocador de gaita, flauta e ocarina, o galego Carlos Nuñez.
Nascido em Vigo em 1971, Carlos Nuñez começou a tocar gaita de foles aos 8 anos, iniciando uma carreira plena de êxitos e já com vários discos gravados. Em qualquer deles, Nuñez contou com a colaboração de nomes grandes da folk, entre eles o de três mulheres portuguesas. Dulce Pontes ("A Irmandade das Estrelas", 1996), Teresa Salgueiro ("Os Amores Libres", 1999), Anabela ("Mayo Longo", 2000). Para além destes, editou "Todos os Mundos" (2002) e" Un Galicien en Bretagne" (2003).
Neste concerto do Rivoli, acompanhado por um excelente trio de músicos, dois deles já velhos companheiros de Nuñez, Xurxo Nuñez, seu irmão, nas precursões e no piano, Pancho Alvarez no bouzouky e Begoña Riobó no violino, Carlos Nuñez percorreu vários caminhos das tradições musicais. Apostando forte na música tradicional da sua terra, este celta caminhou igualmente por outras músicas e outras regiões. A Irlanda - comovente a sua homenagem ao já desaparecido teclista dos míticos The Chieftains, Derek Bell, com Xurxo ao piano -, a Escócia, Cuba - aqui homenageando o ícone, recentemente falecido, Compay Segundo - e a Bretanha foram visitadas com o tecnicismo ímpar de Carlos Nuñez. De salientar que, num dos temas dedicados à música bretã e num tributo a um dos seus nomes carismáticos, Dan Ar Braz, Nuñez numa demonstração da sua grandeza como intérprete e homem, convidou uma gaiteira portuense, Teresa Paiva, pertencente ao grupo Toque de Caixa, para os acompanhar. Tal situação faz lembrar a oportunidade que teve o, então jovem e debutante, Carlos Nuñez, ao ser convidado para participar no 4º Intercéltico do Porto para tocar ao lado dos Chieftains, assim como ter participado em muitas digressões dos irlandeses, tocando no seu álbum "Santiago", a sua primeira actuação em disco. Para além desta aparição, o gaiteiro galego esteve no Porto no 7º Festival Intercéltico, em 1996.
Carlos Nuñez, recentemente nomeado Embaixador Europeu do Meio Ambiente, deixou a sala portuense com muitas saudades. Depois de quase duas horas de música, de um virtuosismo e tecnicismo excepcionais, o Rivoli terminou, todo em pé, a dançar o conhecido tema dos Penguin Cafe Orchestra, Music for a Found Harmonium, despedindo-se de Carlos Nuñez com um mar de aplausos. Bem os mereceu.
Os amantes da música celta terão oportunidade, de 1 a 3 de Abril, de assistir ao Intercéltico do Porto. O programa, com boas surpresas, será divulgado em breve.
Estou a ouvir um grupo muito bom, que vai dar que falar http://www.myspace.com/theallstarproject
Cuscem
Olá!!Ainda não estou muito dentro deste tipo de blog.Sinto-me um pouco ignorante,depois o tempo não é muito e ainda tenho outras coisas da net para gerir, como outros blog,etc...
Mas deixo a todos um beijo e aproveito para informar em primeira mão, que está semana o Toque de Caixa (o meu grupo), começa a gravar o disco, depois de muitos anos sem gravar nada!!!Contando desde já com o apoio de todos!!!Com tempo, vou soltando umas coisas.Nem sei se aqui dá para colocar videos, ainda não houve tempo para investigar, mas prometo voltar com noticias!!!Começa bem o ano...